Iges-DF trabalhará para que hospital esteja 50% desocupado até 16 de janeiro. Instituto prevê que segunda onda chegue entre janeiro e março de 2021
O Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF) criou um protocolo de desospitalização do Hospital de Base. Com isso, a unidade deverá ser esvaziada para melhor atender pacientes infectados pela covid-19 em uma possível segunda onda de casos.
No documento, assinado pelo superintendente do Hospital de Base, Lucas Seixas, o instituto prevê que a segunda onda chegará ao DF em janeiro ou fevereiro de 2021, se estendendo até março. O documento também cita a previsão de chegada de uma vacina em março, porém, “ela somente atingirá um volume significativo de imunizados no meio do ano, até junho.”
A previsão da chegada da segunda onda leva em consideração a taxa de infecção. No DF, atualmente, um indivíduo infectado transmite o novo coronavírus para 1,3 pessoa. Considera-se também o fato de, de acordo com números oficiais, 23% da população da capital federal teve contato com o vírus. Embora seja o maior percentual do país, representa cerca de 1/3 da imunidade de rebanho esperada.
Desta forma, foram impostas metas para desospitalização do Hospital de Base. Profissionais de saúde devem realizar uma espécie de força-tarefa para dar alta e/ou permitir recuperação domiciliar ao maior número possível de pacientes. O objetivo é que, até o dia 16 de janeiro de 2021, ele esteja com, no máximo, 50% de ocupação.
Os trabalhos começam já nesta segunda-feira (21). Confira o cronograma de prazos:
21/12/20 até 31/12/2020 = 80% de ocupação;
01/01/2021 até 11/01/2021 = 70% de ocupação;
12/01/2021 até 15/01/2021 = 60% de ocupação;
16/01/21 até final a segunda onda = 50% de ocupação.
O documento afirma ainda que, a partir de fevereiro de 2021, estarão suspensos abonos e licenças. Profissionais afastados por risco de doença grave entrarão em regime de teletrabalho.
“Torna-se urgente a tomada de medidas de controle ainda nessa fase inicial da segunda onda, para assim evitar consequências graves como a saturação dos nossos leitos, contaminação intra-hospitalar e um maior número de mortes por falta de atendimento adequado e de insumos”, afirma.
Números da covid no DF
O boletim mais recente, divulgado na tarde desta segunda-feira (21), aponta que são 245.243 pessoas infectadas desde o início da pandemia. Destes, 4.156 perderam a vida; 234.054 se recuperaram da doença
Com informações de Willian Matos – JB