Coincidência ou não, o importante é que no meio dessa pandemia, o Brasil lançou nesta sexta-feira (26) duas vacinas contra a Covid-19. Os anúncios ocorreram por meio de entrevistas coletivas do governador de São Paulo, João Dória, em São Paulo e pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, em Brasília.
João Doria pontuou que o Instituto Butantan, ligado ao Governo do Estado de São Paulo, iniciou o desenvolvimento e a produção-piloto da primeira vacina brasileira contra o novo coronavírus, a ButanVac. A expectativa é que os ensaios clínicos de fases 1 e 2 em humanos com o novo imunizante comecem já em abril, após autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“A ButanVac é a primeira vacina 100% nacional, integralmente desenvolvida e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, que é um orgulho do Brasil. São 120 anos de existência, o maior produtor de vacinas do Hemisfério Sul, do Brasil e da América Latina e agora se colocando internacionalmente como um produtor de vacina contra a Covid-19”, disse Doria.
E logo após o lançamento da ButanVac, Marcos Pontes também se pronunciou sobre uma nova vacina contra a Covid-19 – 100% brasileira – apoiada pelo Governo Federal e batizada de Versamune-CoV-2F. De acordo com Pontes, o imunizante está sendo desenvolvido pelo pesquisador Célio Lopes Silva, professor titular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP), em parceria com as empresas Farmacore Biotecnologia e PDS Biotechnology Corporation.
Perguntado por que o anúncio do Governo Federal foi no mesmo dia da realizada pelo Governo de São Paulo, o ministro disse que foi uma “coincidência”. “Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Eu estava na expectativa de anunciar e ia fazer assim que os pesquisadores entrassem com o pedido na Anvisa, fato que ocorreu ontem, dia 25” justificou.
Pontes não especificou quanto tempo devem durar os testes, mas deu uma previsão de cerca de três meses para as duas fases iniciais com 300 voluntários. Depois, são necessárias 20 mil pessoas para a terceira etapa, mas, segundo o ministro, é possível acelerar a tramitação e até fazer algumas aberturas para eventualmente pedir o uso emergencial.