A diretora do Colégio Estadual Almirante Tamandaré, em Valparaíso de Goiás foi afastada de suas funções, depois que vazaram denúncias que a servidora estava praticando atos discriminatórios contra os funcionários da escola. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), nesta segunda-feira, 27.
O assunto veio a público, depois que cinco funcionários denunciaram a gestora à Polícia Civil. Na Delegacia, algumas das vítimas contaram ter sido chamadas de ‘negra imunda’ e ‘viado nojento’.
De acordo com a Seduc, além do afastamento, também foi instaurado um processo disciplinar para apurar o caso e de imediato foram adotadas medidas para designar um substituto para o cargo.
Entenda o caso
O advogado que representa os funcionários, Suenilson Saulnier revelou que os casos vieram à tona, quando uma das auxiliares de serviços gerais disse para os seus colegas que tentaria suicídio em razão da violência psicológica sofrida por parte da diretora. Como eles também estavam sendo vítimas dos mesmos crimes e quiseram preservar a vida da amiga, decidiram procurar pelo profissional para denunciar os fatos.
Saulnier acrescentou que essas ofensas contra os funcionários ocorrem há cerca de quatro anos. Um coordenador escolar também foi mencionado como autor de difamações contra os funcionários.
Racismo e homofobia
As denúncias de racismo e homofobia partiram da outra auxiliar de limpeza e de um professor. Conforme expôs o advogado, a diretora coagia a funcionária dizendo que iria tirá-la da escola e sempre a xingava de “negra nojenta”, “negra imunda”, dentre outras ofensas.
Já o professor, vítima de homofobia, relata que a diretora o chamava de “viado nojento” pelo fato dele ser homossexual.