A relação entre o governador Ronaldo Caiado (UB) e os prefeitos do Entorno não azedou, mas uma mágoa dos prefeitos ficou com a escolha do nome da nova secretária do Entorno do Distrito Federal, Maria Caroline Fleury de Lima. Essa impressão ficou clara na entrevista que o prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), concedeu na sexta-feira, 10, à Rádio Supra FM, no programa Momento do Povo, apresentado pelo radialista Hélio Porto Junior.
Segundo Mossoró, que também é presidente da AMAB (Associação dos Municípios Adjacentes à Brasília), não só ele como a maioria dos prefeitos ficaram surpresos com a decisão do governador. “A criação da Secretaria foi um compromisso de campanha com todos os prefeitos do Entorno para o segundo mandato de Caiado. Logo após a eleição, o governador chamou eu em Goiânia, além dos prefeitos de Cidade Ocidental, Fábio Correa (Progressistas) e do Novo Gama, Carlinhos do Mangão (PL), para dizer que quando fosse escolher o nome de quem iria ocupar a nova pasta, chamaria os prefeitos da região para debater o assunto”, explicou.
E para espanto dos prefeitos, além de não terem sido chamados para discutir o nome com o governador, ficaram ainda mais surpresos que a indicação partiu da ex-deputada Flávia Arruda (PL). “A decisão de escolher quem vai ocupar cargos no Estado é do governador e agora é superar o atrito e como líder da região é trabalhar para fazer a diferença”, disse.
De acordo com Mossoró, inclusive havia algumas expectativas de nomes para ocupar a pasta, como o do deputado federal, Célio Silveira (MDB) e o do ex-prefeito de Águas Lindas, Hildo do Candango e o da própria Flavia Arruda. A posse da nova secretária ocorreu na segunda-feira, 6, e o único prefeito do Entorno que participou do evento foi o Carlinhos do Mangão, do Novo Gama, que aprovou 100% a indicação, por ser do mesmo partido da secretária.
Ao justificar a ausência da maioria dos prefeitos na posse da secretária, Mossoró frisou novamente que os prefeitos ficaram chateados da forma como esse episódio foi conduzido. “Houve um entendimento que o melhor era não participar, já que não fomos chamados para discutir sobre o nome, também não fazia sentido participar da posse só pra bater palmas”, encerrou.