O pré-candidato ao Senado da manhã República, deputado federal Neri Geller (Progressistas), afirmou que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) vai trabalhar para fortalecer a agropecuária, assegurar a segurança jurídica e abrir novos mercados para o setor caso seja eleito e quer que o setor do agro caminhe junto.
Geller concedeu entrevista ao jornal da Manhã na Jovem Pan, edição Cuiabá, nesta terça-feira (19).
“Em conversa que tivemos com presidente Lula, Geraldo Alckmin (PSB), a Gleisi Hoffman (presidente nacional do PT e deputado federal), Aloízio Mercadante (vice-presidente do PT), envolveu políticas macros para o país e para o agro. E o presidente foi muito aberto. Foi de certa forma bastante emocionante e muito forte a conversa quando ele falou que está com 76 anos e está vindo para pacificar o país. E o pessoal do agro vai se enganar com ele como da primeira vez. Ele vem para fortalecer o agro, fazer segurança jurídica acontecer, abrir mercados. E quer as entidades de classe junto com ele como no passado. Sentiu-se sim segurança que eles querem sim uma aproximação do setor em um eventual governo de Lula”, assegurou o deputado.
Para Geller, o setor precisa abrir uma frente de interlocução agora com o ex-presidente, construir uma ponte com alguém que está muito próximo de ganhar as eleições.
“Eu tenho convicção que a chapa Lula-Alckmin é a melhor para o país. Nos oito anos de Lula, nunca o agro foi tão beneficiado com abertura de mercado, biotecnológica, regulamentação do Código Florestal, renegociação da dívida agrícola e por aí vai. E ele quer essa interlocução com o agro, quer ter entidades junto ao governo para definir a política agrícola em seu governo caso seja eleito”, garantiu.
Geller afirma que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi muito desastroso, sobretudo, na questão de política externa. “Este presidente é muita encrenca. Briga com nossos parceiros comerciais e a favor dos EUA que são nossos maiores concorrentes”, criticou.
Pop star
Neri Geller destacou que nunca se colocou como super-homem. Ele afirma apenas que tem o reconhecimento de ser um trabalhador, ter capacidade de dialogar com direita, esquerda e centro. E não fugir do debate.
“Nunca me coloquei como super-homem, sempre tive muita humildade, trabalho muito, e sei trabalhar convergência, conciliar, dialogar, trazer os grandes temas para mesas como foi com a aprovação da lei dos defensivos agrícolas e do licenciamento ambiental. Destravei com apoio da direita e da esquerda, tive que fazer debates com a imprensa nacional e entidades”, disse.
Ele rechaça a ideia de ser um pop star do Lula no agronegócio. De acordo com o deputado federal, a missão não é de reverter apoio do agro a Lula, mas vencer a disputa ao Senado. “Não tenho obrigação de levar todo mundo junto. Nunca falei que sou o pop-star do presidente Lula. Minha missão é ganhar a eleição de senador”, frisou.
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